.\" -*- nroff -*- .\" Copyright (C) 1994, 1995 de Daniel Quinlan (quinlan@yggdrasil.com) .\" com auxílios de Alan Cox (A.Cox@swansea.ac.uk) .\" e adições SCSI de Michael Neuffer (neuffer@mail.uni-mainz.de) .\" e adições sysctl de Andries Brouwer (aeb@cwi.nl) .\" .\" .\" É permitida a confecção e distribuição deste manual, devidamente .\" acompanhado dos avisos de direitos autorais e desta permissão .\" em todas as cópias. .\" .\" É permitida a cópia e distribuição de versões modificadas deste manual .\" sob as condições acima, e que todo o trabalho derivado seja distribuído .\" sob as mesmas condições deste manual. .\" .\" Uma vez que o kernel do Linux e suas bibliotecas estão constantemente .\" mudando, esta página de manual poderá estar incorreta ou desatualizada. .\" O(s) autor(es) não assumem responsabilidade por erros ou omissões, .\" ou por danos resultantes do uso das informações aqui contidas. .\" .\" Versões formatadas ou processadas deste manual, desacompanhadas dos .\" fontes, devem conter a autorização e os direitos autorais dos autores do .\" trabalho. .\" .\" Você deve receber uma cópia da Licença Pública GNU .\" junto com este manual; caso contrário, escreva para a Free Software .\" Foundation, Inc., 675 mass Ave, Cambridge, MA 02139 USA ou .\" em português na Conectiva Informática Ltda. - http://www.conectiva.com.br .\" .\".\" .\" Wed May 17 15:26:04 1995: faith@cs.unc.edu, updated BUGS section .\" Minor changes by aeb and Marty Leisner (leisner@sdsp.mc.xerox.com). .\" Sat Apr 13 02:32:45 1996: aeb@cwi.nl, added sys, various fixes. .\" Mon Jul 22 17:14:44 1996: aeb@cwi.nl, minor fix. .\" .TH PROC 5 "22/07/1996" "" "Manual do Programador Linux" .SH NOME proc \- pseudo sistema de arquivos de informações de processos. .SH DESCRIÇÃO /proc é um pseudo sistema de arquivos usado como uma interface para as estruturas de dados do kernel, assim como para leitura e interpretação de /dev/kmem. Muitos dos arquivos fornecem somente permissões de leitura, mas alguns permitem que variáveis do kernel seja alteradas. .LP Apresentamos a seguir uma rápida descrição da hierarquia do /proc. .LP .na .nh .PD 1 .TP .I [número] Há um subdiretório numérico para cada processo que esteja sendo executado; o subdiretório tem o nome da identificação do processo (PID). Cada um contém os seguintes pseudo arquivos e diretórios: .RS .TP .I cmdline Contém a linha de comando completa para o processo, a menos que todo o processo tenha sido transferido para a área de troca (swap), ou seja um processo zumbi. Nestes casos o arquivo estará vazio; isto é um arquivo que retornará 0 caracteres. Este arquivo é terminado com o caracter nulo, e não com nova linha. .TP .I cwd É o link do diretório atual de trabalho do processo. Para encontrar o cwd do processo 20, por exemplo, deve-se: .br .nf .ft CW cd /proc/20/cwd; /bin/pwd .fi .ft .PP Note que o comando pwd está freqüentemente incorporado no interpretador de comandos e pode não funcionar exatamente desta forma neste contexto. .TP .I environ Este arquivo contém o ambiente do processo. As entradas são separadas por caracteres nulos, e deve haver um caracter nulo ao final do arquivo. Para listar o ambiente do processo 1, deve-se: .br .nf .ft CW (cat /proc/1/environ; echo) | tr "\\000" "\\n" .fi .ft P .PP (caso alguém queira saber porque fazer isso, veja o comando .IR lilo (8).) .TP .I exe um ponteiro para o binário que está sendo executado e aparece como uma ligação simbólica. .I readlink(2) no arquivo especial exe retorna sob o Linux 2.0 ou mais recente a seguinte cadeia de caracteres no formato: [dispositivo]:inode Por exemplo, [0301]:1502 pode ser o inode 1502 no dispositivo com identificação primária 03 (major) (IDE, MFM, etc...) e secundária 01 (minor) (primeira partição do primeiro dispositivo). Sob o Linux 2.2 a ligação simbólica contém a caminho de busca atual do comando. Ainda, a ligação simbólica pode ser referenciada normalmente, ou seja ao tentar-se abrir "exe" , na verdade será aberto o executável. Pode ainda executar o comando .I /proc/[número]/exe para executar uma cópia do mesmo processo como [número]. .IR find (1) com a opção -inum pode ser usado para localizar um arquivo. .TP .I fd Este é um subdiretório contendo uma entrada para cada arquivo aberto pelo processo, nomeado pelos seus descritores e que tenham uma ligação simbólica com o arquivo real (como nas entradas em exe). Zero é a entrada padrão, 1 a saída padrão e 2 a saída padrão de erros, etc... Programas que utilizarão nomes de arquivos, mas não a partir da entrada padrão, e que gravam arquivos, mas não através da saída padrão, podem ser depurados através do seguinte comando (assumindo-se -i como o indicador do arquivo de entrada e -o como o indicador do arquivo de saída: .br .nf \f(CWfoobar -i /proc/self/fd/0 -o /proc/self/fd/1 ...\fP .fi .br tendo-se então um filtro de trabalho. Note que isso não irá funcionar para programas que fazem buscas em seus arquivos, pois os arquivos no diretório fd não podem ser pesquisados. /proc/self/fd/N é aproximadamente o mesmo que /dev/fd/N em alguns sistemas UNIX e similares a UNIX. Diversos scripts MAKEDEV do Linux ligam simbolicamente /dev/fd para /proc/self/fd, na verdade. .TP .I maps Um arquivo contendo o mapa atual de regiões da memória e suas permissões de acesso. O formato é: .nf .ft CW .in +3n endereço perms desl. disp inode 00000000-0002f000 r-x-- 00000400 03:03 1401 0002f000-00032000 rwx-p 0002f400 03:03 1401 00032000-0005b000 rwx-p 00000000 00:00 0 60000000-60098000 rwx-p 00000400 03:03 215 60098000-600c7000 rwx-p 00000000 00:00 0 bfffa000-c0000000 rwx-p 00000000 00:00 0 .ft .fi .in .PP onde endereço é o endereço do espaço de memória que o processo ocupa, e perms é o conjunto de permissões: .nf .in +5 r = leitura w = gravação x = execução s = compartilhada p = privada (copia da gravação) .fi .in .PP deslocamento é o deslocamento no arquivo, disp é o dispositivo (primária:secundária)(major:minor), e inode refere-se ao inode do dispositivo. Zero indica que o inode está associado à uma região da memória, como o caso estaria com bss. .PP Nos kerneis 2.2 há um campo adicional fornecendo um caminho de busca quando aplicável. .TP .I mem Este não é igual ao dispositivo mem (1,1), apesar de ter o mesmo número de dispositivos. O dispositivo /dev/mem é a memória física antes da conversão de endereços, mas o arquivo mem aqui descrito é a memória acessada pelo processo. Ela não pode ser mapeada por .I mmap(2) \h'-1''ed atualmente, e não poderá até que uma .I mmap(2) geral seja adicionada ao kernel (o que pode ocorrer em breve). .TP .I mmap Diretório dos mapas gerados por .I mmap(2) os quais são ligações simbólicas como exe, fd/*, etc. Note que estes mapas incluem um subconjunto destas informações, então /proc/*/mmap podem ser considerados obsoletos. "0" é normalmente libc.so.4. .I /proc/*/mmap foi removido do kernel do Linux na versão 1.1.40 (e realmente .B estava obsoleto) .TP .I root Unix e Linux suportam a idéia de um raiz de sistema de arquivos por processo, definidos pela chamada ao sistema .I chroot(2) . Root aponta o raiz do sistema de arquivos, e comporta-se como exe, fd/*, etc... .TP .I stat Informações sobre o status do processo. Isso é fornecido por .I ps(1) \h'-1'. Os campos, em ordem, com as suas propriedades específicas em .I scanf(3) são: .RS .TP \fIpid\fP %d Identificação do processo. .TP \fIcomm\fP %s O nome do arquivo do executável entre parênteses. É visível mesmo que o processo esteja na área de troca. .TP \fIstate\fP %c Um caracter da cadeia "RSDZT" onde R é em execução, S é dormindo em uma espera por interrupção, D aguardando em uma espera que não pode ser interrompida ou em área de troca, Z é um zumbi e T significa paralisado (em um sinal) ou rastreado. .TP \fIppid\fP %d O PID do processo pai. .TP \fIpgrp\fP %d O ID do grupo do processo. .TP \fIsession\fP %d O ID da sessão do processo. .TP \fItty\fP %d O tty que o processo usa. .TP \fItpgid\fP %d A ID do grupo do processo que atualmente detém o tty no qual o processo está conectado. .TP \fIflags\fP %u Os indicadores do processo. Atualmente, cada indicador tem o bit matemático configurado, porque crt0.s verifica a emulação de co-processador matemático, e isso não é incluído na saída. Isso é provavelmente um erro, e nem todos os processos são compiladores C. O bit matemático é um decimal 4 e o bit de rastreamento é um decimal 10. .TP \fIminflt\fP %u O número de pequenos erros do processo, aqueles que não requerem a carga de páginas de memória a partir do disco. .TP \fIcminflt\fP %u O número de erros menores do processo e de seus processos filhos. .TP \fImajflt\fP %u O número de erros maiores do processo, aqueles que requerem a carga de páginas de memória a partir do disco. .TP \fIcmajflt\fP %u O número de erros maiores do processo e de seus processo filhos. .TP \fIutime\fP %d O número de ciclos do processador que o processo tem previsto em modo usuário. .TP \fIstime\fP %d O número de ciclos do processador que o processo tem previsto em modo kernel. .TP \fIcutime\fP %d O número de ciclos do processador que o processo e seus filhos têm previstos em modo usuário. .TP \fIcstime\fP %d O número de ciclos do processador que o processo e seus filhos têm previstos em modo kernel. .TP \fIcounter\fP %d O número máximo de ciclos do processador do próximo período de processamento destinado ao processo, ou o tempo restante no período atual, caso o processo esteja ocupando o processador. .TP \fIpriority\fP %d O valor padrão acrescido de 15. O valor nunca é negativo no kernel. .TP \fItimeout\fP %u O tempo em ciclos do processador do próximo período de espera. .TP \fIitrealvalue\fP %u O tempo (em ciclos do processador) antes que o próximo SIGALRM seja enviado para o processo relativo a um intervalo de tempo. .TP \fIstarttime\fP %d Tempo, em ciclos do processador, que o processo iniciou após o sistema ser iniciado. .TP \fIvsize\fP %u Tamanho da memória virtual. .TP \fIrss\fP %u Tamanho do conjunto residente: número de páginas que o processo tem na memória real, menos 3 para uso administrativo. Estas são as páginas que contêm texto, dados ou espaço da pilha, não incluindo páginas que foram carregadas de acordo com a demanda ou que foram para a área de troca. .TP \fIrlim\fP %u Limite em bytes do rss do processo (normalmente 2,147,483,647). .TP \fIstartcode\fP %u O endereço acima do qual o texto do programa deve ser executado. .TP \fIendcode\fP %u O endereço abaixo do qual o texto do programa deve ser executado. .TP \fIstartstack\fP %u O endereço de início da pilha. .TP \fIkstkesp\fP %u O valor atual de esp (ponteiro da pilha com 32 bits), conforme encontrado na pilha de páginas do kernel para o processo. .TP \fIkstkeip\fP %u EIP atual (ponteiro da instrução com 32 bits). .TP \fIsignal\fP %d O mapa de bits dos sinais pendentes (normalmente zero). .TP \fIblocked\fP %d O mapa de bits dos sinais bloqueados (normalmente 0, 2 para ambientes de trabalho). .TP \fIsigignore\fP %d O mapa de bits dos sinais ignorados. .TP \fIsigcatch\fP %d O mapa de bits de sinais recebidos. .TP \fIwchan\fP %u Este é o canal no qual o processo fica esperando. Este é o endereço da chamada ao sistema, e pode ser analisada em uma lista de nomes, caso se necessite de um nome textual (caso se tenha um /etc/psdatabase atualizado, então tente \fIps -l\fP para ver o campo WCHAN em ação). .RE .RE .TP .I cpuinfo Esta é uma coleção de itens dependentes da CPU e da arquitetura do sistema, sendo que cada uma destas tem uma lista diferente. As únicas duas entradas comuns são \fIcpu\fP a qual é a CPU atual em uso e \fIBogoMIPS\fP uma constante do sistema que é calculada durante a inicialização do sistema. .TP .I devices Lista dos números primários (majors) e grupos de dispositivos. Isso pode ser usado pelos scripts MAKEDEV para checagem de consistência com o kernel. .TP .I dma Lista dos canais DMA \fIISA\fP (acesso direto à memória) registrados em uso. .TP .I filesystems lista dos sistemas de arquivos que foram compilados com o kernel. Pode ser usado por .I mount(1) para pesquisar através de diferentes sistemas de arquivos quando nenhum é especificado. .TP .I interrupts É usado para gravar o número de interrupções por cada IRQ nas arquiteturas i386. Muito simples de ler-se, feito em formato ASCII. .TP .I ioports Lista das portas de Entrada-Saída registradas que estão em uso. .TP .I kcore Este arquivo representa a memória física do sistema e está armazenada no formato de arquivo core. Com este pseudo arquivo, e o binário do kernel com as funções de mensagens incorporadas (/usr/src/linux/tools/zSystem), pode-se usar o GDB para examinar o estado atual de qualquer estrutura de dados do kernel. O tamanho total do arquivo é o tamanho da memória física (RAM) mais 4 Kb. .TP .I kmsg Este arquivo pode ser usado ao invés da chamada ao sistema .I syslog(2) para registrar mensagens do kernel. Um processo deve ter privilégios de superusuário para ler este arquivo e somente um processo pode fazer isso. Esse arquivo não deve ser lido se um processo syslog está sendo executado o qual usa a chamada ao sistema .I syslog(2) para registrar as mensagens do kernel. Informações deste arquivos são recuperadas com o programa .I dmesg(8) . .TP .I ksyms Contém as definições dos símbolos exportados pelo kernel usados pelas ferramentas de .I módulos(X) para dinamicamente ligar e vincular módulos carregáveis. .TP .I loadavg A média de carga do sistema fornecida pela média do número de serviços na fila de execução há mais de 1, 5 e 15 minutos. É o mesmo que a média dada pelo programa .I uptime(1) e outros. .TP .I locks Este arquivo exibe os arquivos travados. .TP .I malloc Este arquivo somente está presente se CONFIGDEBUGMALLOC for definido durante a compilação. .TP .I meminfo É usada pelo comando .I free(1) para informar a quantidade de memória livre e utilizada (tanto a memória física como a de troca) assim como a memória compartilhada e os buffers usados pelo kernel. Tem o mesmo formato que o comando .I free(1) \h'-1', exceto pelo fato de estar em bytes ao invés de Kb. .TP .I modules Uma lista dos módulos carregados pelo sistema. .TP .I net Vários pseudo arquivos, que fornecem o status de alguma parte da camada de rede. Estes arquivos contêm estruturas em formato ASCII e podem ser lidas por exemplo pelo cat. De qualquer forma, as ferramentas do .I netstat(8) possibilitam um acesso muito mais adequado a estes arquivos. .RS .TP .I arp Ele contém uma imagem em formato ASCII da tabela ARP do kernel usada na resolução de endereços. Irá apresentar dinamicamente as entradas ARP pré-programadas e recebidas dinamicamente. O formato é: .nf .ft CW .ie t .in +3n .el .in -2n IP address HW type Flags HW address 10.11.100.129 0x1 0x6 00:20:8A:00:0C:5A 10.11.100.5 0x1 0x2 00:C0:EA:00:00:4E 44.131.10.6 0x3 0x2 GW4PTS .ft .fi .in .PP Onde 'IP address' é o endereço Ipv4 da máquina, o 'HW type' é o tipo de hardware no endereço conforme a RFC 826. Os indicadores são internos à estrutura ARP(conforme definido em /usr/include/linux/if_arp.h) e o 'HW address' é o mapeamento da camada física para cada endereço IP se conhecido.. .TP .I dev Os pseudo arquivos dev contêm informações sobre a situação dos dispositivos de rede. Ele dá o número de pacotes recebidos e enviados, o número de erros e colisões e outras estatísticas básicas. Eles são usados pelo programa .I ifconfig(8) para apresentar relatórios do status do dispositivo. O formato é: .nf .ft CW .if n .in -13n Inter-| Receive | Transmit face |packets errs drop fifo frame|packets errs drop fifo colls carrier lo: 0 0 0 0 0 2353 0 0 0 0 0 eth0: 644324 1 0 0 1 563770 0 0 0 581 0 .if n .in .ft .fi .TP .I ipx Nenhuma informação. .TP .I ipx_route Nenhuma informação. .TP .I rarp Este arquivo usa o mesmo formato do arquivo .I arp e contém a base de dados de mapeamento reverso usado para prover os serviços de pesquisa de endereços reversos do .I rarp(8) . Caso RARP não esteja configurado no kernel este arquivo não estará presente. .TP .I raw Mantém uma imagem RAW (crua) da tabela de conexões. Muita desta informação não tem outra finalidade senão a depuração. O valor 'sl' é a área do kernel para a conexão, e 'local address' é o endereço local e o par de números de protocolo. "St" é o status interno da conexão. "tx_queue" e "rx_queue" são as filas de dados de entrada e saída em termos de uso de memória do kernel. Os campos "tr", "tm->when" e "rexmits" não são usados por RAW. O campo uid contém a identificação do criador da conexão. .TP .I route Nenhuma informação, mas parece similar ao .I route(8) .TP .I snmp Este arquivo contém dados em formato ASCII necessários para o gerenciamento de IP, ICMP, TCP e UDP por um agente snmp. As of writing the TCP mib is incomplete. It is hoped to have it completed by 1.2.0. .TP .I tcp Mantém uma imagem da tabela de conexões TCP. Muitas informações são utilizadas exclusivamente para depuração. O valor 'sl' é a área do kernel para a conexão, e 'local address' é o endereço local e o par de números de protocolo. O "endereço remoto" é o par endereço remoto e o número da porta (se conectado). "St" é o status interno da conexão. "tx_queue" e "rx_queue" são as filas de entrada de dados e de saída em termos de uso de memória do kernel. Os campos "tr", "tm->when" e "rexmits" hold internal information of the kernel socket state and are only useful debugging. O campo uid contém a identificação do criador da conexão. .TP .I udp Mantém uma imagem da tabela de conexões UDP. Muitas informações são utilizadas exclusivamente para depuração. O valor 'sl' é a área do kernel para a conexão, e 'local address' é o endereço local e o par de números de protocolo. O "endereço remoto" é o par endereço remoto e o número da porta (se conectado). "St" é o status interno da conexão. "tx_queue" e "rx_queue" são as filas de dados de entrada e saída em termos de uso de memória do kernel. Os campos "tr", "tm->when" e "rexmits" não são usados pelo UDP. O campo uid contém a identificação do criador da conexão. O formato é: .nf .ft CW .if n .in 0 sl local_address rem_address st tx_queue rx_queue tr rexmits tm->when uid 1: 01642C89:0201 0C642C89:03FF 01 00000000:00000001 01:000071BA 00000000 0 1: 00000000:0801 00000000:0000 0A 00000000:00000000 00:00000000 6F000100 0 1: 00000000:0201 00000000:0000 0A 00000000:00000000 00:00000000 00000000 0 .if n .in .ft .fi .TP .I unix Lista de conexões com domínios Unix presentes no sistema e seus status. O formato é: .nf .sp .5 .ft CW Num RefCount Protocol Flags Type St Path 0: 00000002 00000000 00000000 0001 03 1: 00000001 00000000 00010000 0001 01 /dev/printer .ft .sp .5 .fi .PP Onde 'Num' é a área do kernel, 'RefCount' é o número de usuários da conexão, 'Protocol' é atualmente sempre zero, 'Flags' representam os indicadores internos do kernel com o status da conexão. Tipo é sempre igual a 1 (datagramas de conexões a domínios Unix ainda não são suportadas). 'St' é o estado interno da conexão e Path é o caminho (caso exista) da conexão. .RE .TP .I pci Lista de todos os dispositivos PCI encontrados pelo kernel durante sua inicialização e configuração. .TP .I scsi Um diretório com pseudo arquivo scsi de nível médio scsi, e vários diretórios de arquivos de controle de baixo nível para dispositivos SCSI. Contém um arquivo para cada dispositivo SCSI do sistema, cada um com o status de alguma parte do subsistema de E/S SCSI. Estes arquivos contêm estruturas ASCII que podem ser lidas pelo comando cat. Pode-se ainda gravar alguns arquivos para reconfigurar o subsistema ou ativar ou desativar algumas funcionalidades. .RS .TP .I scsi Uma lista de todos os dispositivos SCSI conhecidos pelo kernel. A lista é similar a uma apresentada durante a inicialização do sistema. SCSI atualmente suporta somente o comando \fIsingledevice\fP que permite ao superusuário adicionar dispositivos sem desligar o sistema à lista de dispositivos conhecidos. Um comando .B echo 'scsi singledevice 1 0 5 0' > /proc/scsi/scsi provocará que scsi1 pesquise no canal SCSI 0 por um dispositivo de ID 5 LUN 0. Caso haja algum neste endereço ou o endereço seja inválido, será retornado um erro. .TP .I drivername \fIdrivername\fP pode atualmente ser: NCR53c7xx, aha152x, aha1542, aha1740, aic7xxx, buslogic, eata_dma, eata_pio, fdomain, in2000, pas16, qlogic, scsi_debug, seagate, t128, u15-24f, ultrastore ou wd7000. Estes diretórios mostram todos os arquivos de controle que registraram pelo menos um HBA SCSI. Cada diretório contém um arquivo registrado por dispositivo. Cada arquivo é nomeado após a indicação do número dado pela inicialização. Estes arquivos contêm a configuração do dispositivo e do arquivo de controle estatísticas, etc. A gravação nestes arquivos permite a execução de diferentes tarefas. Por exemplo com os comandos de superusuário \fIlatency\fP e \fInolatency\fP pode-se ligar ou desligar o comando de medição de latência no arquivo de controle eata_dma. Com os comandos \fIlockup\fP e \fIunlock\fP pode-se controlar as pesquisas de controle de barramento simuladas pelo arquivo de controle de dispositivo scsi_debug . .RE .TP .I self Este diretório referencia-se ao processo de acesso ao sistema de arquivos /proc, e é idêntico ao diretório /proc nomeado pela identificação do mesmo processo. .TP .I stat estatísticas do kernel e do sistema .RS .TP \fIcpu 3357 0 4313 1362393\fP O tempo dos ciclos do processador (em centésimos de segundo) que o sistema despende em modo usuário, modo usuário de baixa prioridade (nice), modo sistema e tarefas disponíveis, respectivamente. O último valor deve ser 100 vezes a segunda entrada no pseudo arquivo uptime. .TP \fIdisk 0 0 0 0\fP As entradas para quatro discos não estão implementadas ainda. Não estamos seguros sequer que serão, uma vez que as estatísticas do kernel em outras máquinas normalmente monitora tanto a taxa de transferência quanto E/S por segundo e este somente permite um campo por dispositivo. .TP \fIpage 5741 1808\fP O número de páginas que entraram no sistema e o número de páginas que sairam (do disco). .TP \fIswap 1 0\fP O número de páginas de troca que foram recebidas e enviadas de/para a área de troca. .TP \fIintr 1462898\fP O número de interrupções recebidas a partir da inicialização do sistema. .TP \fIctxt 115315\fP O número de mudanças de contexto que o sistema realizou. .TP \fIbtime 769041601\fP Tempo de inicialização, em segundos desde 1 de Janeiro de 1970. .RE .TP .I sys Este diretório, presente desde a versão 1.3.57, contém um número de arquivos e subdiretórios correspondente às variáveis do kernel. Estas variáveis podem ser lidas e algumas vezes modificadas usando-se o sistema de arquivos \fIproc\fP, e usando a chamada ao sistema .IR sysctl (2) . Atualmente estão presentes os subdiretórios .IR kernel ", " net ", " vm e cada um contém diversos arquivos e subdiretórios. .RS .TP .I kernel Contém os arquivos .IR domainname ", " file-max ", " file-nr ", " hostname ", " .IR inode-max ", " inode-nr ", " osrelease ", " ostype ", " .IR panic ", " real-root-dev ", " securelevel ", " version . com funções bastante claras para o nome. .LP O arquivo somente para leitura .I file-nr fornece o número de arquivos atualmente abertos. .LP O arquivo .I file-max fornece o número máximo de arquivos abertos que o kernel pode administrar. Caso 1024 não seja suficiente, pode-se tentar o comando .br .nf .ft CW echo 4096 > /proc/sys/kernel/file-max .fi .ft .LP Similarmente, os arquivos .I inode-nr e .I inode-max indicam o número atual e o número máximo de inodes. .LP Os arquivos .IR ostype ", " osrelease ", e " version fornecem informações retiradas de .IR /proc/version . .LP O arquivo .I panic fornece acesso para leitura e gravação da variável do kernel .IR panic_timeout . Caso seja igual a zero, o kernel irá testar esta variável sucessivamente; caso seja diferente de zero indica que o kernel deve se auto reinicializar após o número de segundos indicado. .LP O arquivo .I securelevel parece sem significado no momento - o superusuário tem todos os recursos do sistema. .RE .TP .I uptime Este arquivo contém dois números: o tempo de atividade do sistema em segundos e o tempo gasto com o processamento de processos em segundos. .TP .I version Identifica a versão do kernel que está sendo executada. Por exemplo: .nf .in -2 .ft CW Linux versão 1.09 (quinlan@phaze) #1 Dom Nov 19 01:51:54 EDT 1998. .ft .in +2 .fi .RE .RE .SH VEJA TAMBÉM cat(1), find(1), free(1), mount(1), ps(1), tr(1), uptime(1), readlink(2), mmap(2), chroot(2), syslog(2), hier(7), arp(8), dmesg(8), netstat(8), route(8), ifconfig(8), procinfo(8) e muito mais .\" maybe I should trim that down .SH EM CONFORMIDADE COM Este texto está em razoável conformidade com o kernel 1.3.11. Por favor atualize caso necessário. Última atualuzação no Linux 1.3.11. .SH DICAS Note que muitas cadeias de caracteres (por exemplo o ambiente e a linha de comando) estão no formato interno, com subcampos separados por bytes contendo o caracter nulo. Pode-se tornar as informações mais claras caso se utilize \fIod -c\fP ou \fItr "\\000" "\\n"\fP para acessá-las. Esta página de manual não é completa e possivelmente contenha alguns erros, e precisa ser atualizada freqüentemente. .SH PROBLEMAS O sistema de arquivos .I /proc pode gerar problemas de segurança em processos executados com .BR chroot (2). Por exemplo, se .I /proc é montado na hierarquia .B chroot, um .BR chdir (2) para .I /proc/1/root retornará para o raiz original do sistema de arquivos. Isso pode ser considerada uma facilidade ao invés de um erro, uma vez que o Linux não suporta a chamada .BR fchroot (2). .SH TRADUZIDO POR LDP-BR em 21/08/2000. \&\fR\&\f(CWAndré L. Fassone Canova (tradução)\fR \&\fR\&\f(CWCarlos Augusto Horylka (revisão)\fR